20/02/2004

Episódio XXIII - Doce

Ele chegou tarde e cansado. Lígia aguardava-o, nervosa, inquieta, como um animal enjaulado que não consegue alcançar a sua presa. Recebeu-o com um abraço efusivo, um beijo sonoro, um sorriso de promessas.
Fê-lo sentar no sofá. Descalçou-o. Ajoelhou-se à frente dele e puxou o corpo dele para perto do seu.
Acariciou-lhe o rosto enquanto lhe beijava os olhos. Tocou-lhe nos lábios com a ponta dos dedos. Trincou-os devagar...primeiro um, depois o outro, e disse-lhe num múrmurio, com a boca colada ao pescoço dele:
-"És doce, és de mel...Deixa-me desapertar a tua camisa para sentir mais desta tua doçura.."
-"Deixa-me passar as mãos abertas pelo teu peito e descer com a boca até aos teus mamilos...deixa-me saboreá-los e tocar-lhes com a língua hirta..."

Desceu-lhe as mangas da camisa fazendo-as resvalar num gesto pelos ombros.

-"Deixa-me encostar o meu peito ao teu...deixa-me mostrar-te pelo contacto da pele como estou excitada.."
-"Desaperta a minha camisa..eu deixo e venero os teus dedos enquanto o fazes..."

Interrompeu-lhe o gesto para lhe molhar um dedo que fez depois deslizar em círculos pelo mamilo duro...

A primeira luz da manhã que irrompia pelas frinchas das persianas acordou-os num gesto preguiçoso e lento...

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