A cabana ficava isolada da aldeia. Mais acima na serra, rodeada de pinheiros, surgia no fim do caminho de pó como uma casa rústica de um conto de ficção. Já tinha ouvido falar dela: pertença conjunta de um grupo de amigos era usada há alguns anos como refúgio em alturas de introspecção, festas de aniversário, passagens de ano. Tranpuseram a porta e ao fechá-la atrás de si, fecharam também o mundo exterior.
Intrigavam-na os dois cestos de verga que ele trouxera no porta-bagagens. Junto a eles também uma pequena mala de couro preto que ele costumava utilizar em curtas deslocações de trabalho.
Seguiu-o até à cozinha espaçosa e iluminada. Desvendaram-se ali os mistérios: mantimentos religiosamente escolhidos na prateleira de produtos finos e mais caros. Champagne, patês, ostras em gelo, caviar, tostas, morangos gigantes. Ligía sorriu. Sentiu-se no meio de uma cena de um filme que tinha apenas sonhado.
(continua...)
14/02/2004
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