O tempo corria lento e levava na margem dos dias nunca iguais a clara verdade da felicidade que a inundava. Sobrepunha-se essa verdade a tudo o que demais existia no mundo. Cantarolava e ria sem motivo. Abria a janela do quarto e soltava ao vento um grito mudo de amor e contentamento.Depois rodava devagar a cabeça e os olhos preenchiam-se de uma água límpida e transparente quando contemplava o corpo dele adormecido na cama revolta. Era com um beijo profundo e molhado que o despertava num ritual lento e compassado. Iluminados pela luz firme e brilhante do sol a romper da janela aberta davam-se um ao outro mais uma vez...que era sempre a primeira vez...
26/12/2003
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