Deitou-se na cama. Os lençóis gelados não proporcionavam o conforto que desejava mas o cansaço do dia que terminava prendia-lhe o corpo num sono eminente. E neste estado de semi-dormência do espiríto ouviu a porta que deixara entreaberta fechar-se devagar. Uns passos seguros e familiares atravessaram o espaço e sentiu a suavidade de uns dedos frios no cabelo e no pescoço. Uns lábios mornos e entreabertos depositaram-lhe no ombro um beijo. Um compasso de espera. O ruído quase imperceptivel da roupa que era colocada na cadeira junto à cama. O calor de um sol feito corpo masculino que se deitou e aconchegou no corpo dela como se fossem duas peças únicas de um puzzle que não conseguiam existir uma sem a outra. E o mundo voltou a fazer sentido.
30/11/2004
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