Ligia ligou-lhe a meio da tarde.
"- Tou? Ligia?..."
"- Sou eu..."
Seguiu-se apenas um silêncio de alguns segundos...um suspiro profundo....e Ligia desligou.
Recebeu uma mensagem pouco depois: "Ninguém me abraça como tu. Adoro-te"
Ela respondeu: "Ninguém me enfeitiça como tu. Amo-te"
29/04/2004
21/04/2004
Episódio V do 2º Livro
Ligia completava 29 anos dali a alguns dias. Ele perguntou-lhe até uma semana antes e milhentas vezes o que gostaria que ele lhe oferecesse. Ela respondia a rir:
"- Nada..."
para logo a seguir dizer:
"- Tudo..."
Ele sorria perante estas respostas porque ela era, por vezes, como uma criança: ingénua, doce e terna.
No dia do aniversário, ao entardecer, Ligia regressou a casa e pressentia que alguma coisa não estava bem. Tinha aguardado todo o dia por um convite para jantar, por um ramo de rosas, por qualquer sinal da parte dele. E nada...
Abriu e porta e ele estava sentado no chão do hall. Levantou os olhos iluminados pela presença de Ligia e abriu os braços ao mesmo tempo que se levantava e avançava para ela:
"- Parabéns, querida...Vem comigo..."
Pegou-lhe na mão e levou-a até ao quarto. A cama estava feita, apenas com os lençóis de cetim branco. Em cima da mesma, uma caixa aberta com um conjunto de lingerie preto.
"- É lindo ! - gritou Ligia...Obrigada, amor ! "
Dispôs-se de imediato a experimentar e trocou-se em segundos. Olhou na direcção dele e ficou desconcertada quando, encostado à cómoda, o viu tirar uma fita de seda preta do bolso das calças.
"- Senta-te na beira da cama..."
Colocou-lhe a venda nos olhos, deu um nó suave e beijou-a na boca devagar.
"- Não era o teu presente todo..esse conjunto que te faz ainda mais deusa do que já és para mim..."
Ligia ouviu os passos dele até à porta e depois um silêncio cortado por algo que juraria ser um sussurro mas que não conseguiu identificar de imediato. Pressentiu a presença de mais alguém no quarto quando de repente sentiu nos joelhos um toque delicado. Uns dedos suaves que subiram lentamente pelas pernas. Não eram os dedos dele. Dir-se-iam de mulher. Disso tinha quase a certeza. Ouviu a voz dele que vinha do canto da divisão...do sofá, juraria...
"- Não te inquietes. Eu estou aqui... É ela a tua prenda de aniversário"
Um pouco assustada mas completamente rendida à suavidade que aqueles dedos transmitiam ao seu corpo deixou-se acariciar...As mãos subiam das pernas para a barriga e depois para o peito que começou a arfar discretamente.
Sentiu uns lábios frescos no pescoço e que desciam agora para o peito que era desnudado pelas mãos ao mesmo tempo. Sentia-se perturbada e excitada. A língua percorreu em circulos os mamilos duros e o efeito foi electrizante para Ligia. Rendida ao desejo e ao prazer que a desconhecida lhe provocava sentia uma vontade inconfessável de arrancar a venda. Resolveu transformar essa vontade em gestos e actos de sedução, em prazer sexual...
Deitou-se na cama e sentiu um corpo de mulher a tocar o seu por inteiro. Deu-se também ela por inteiro.
Experimentou um prazer que tinha apenas imaginado um dia, proporcionou prazer a uma mulher, pela primeira vez, e sentia-se feliz por isso.
No fim de tudo, ele retirou-lhe a venda, não sem antes a beijar, como tinha feito ao inicio e Ligia pode ver o rosto da desconhecida. Era linda. Sorriram ambas.
Quando mais tarde se deitaram lado a lado, Ligia abraçou-o muito tempo e declarou-lhe que tinha adorado o presente de aniversário mas que gostaria de ter partilhado a prenda com ele. Ele fixou-a, sério, e perguntou:
"- Será que tu existes, de verdade...?
Ela atirou-lhe uma almofada à cabeça:
"- Existo porque tu existes em mim..."
"- Nada..."
para logo a seguir dizer:
"- Tudo..."
Ele sorria perante estas respostas porque ela era, por vezes, como uma criança: ingénua, doce e terna.
No dia do aniversário, ao entardecer, Ligia regressou a casa e pressentia que alguma coisa não estava bem. Tinha aguardado todo o dia por um convite para jantar, por um ramo de rosas, por qualquer sinal da parte dele. E nada...
Abriu e porta e ele estava sentado no chão do hall. Levantou os olhos iluminados pela presença de Ligia e abriu os braços ao mesmo tempo que se levantava e avançava para ela:
"- Parabéns, querida...Vem comigo..."
Pegou-lhe na mão e levou-a até ao quarto. A cama estava feita, apenas com os lençóis de cetim branco. Em cima da mesma, uma caixa aberta com um conjunto de lingerie preto.
"- É lindo ! - gritou Ligia...Obrigada, amor ! "
Dispôs-se de imediato a experimentar e trocou-se em segundos. Olhou na direcção dele e ficou desconcertada quando, encostado à cómoda, o viu tirar uma fita de seda preta do bolso das calças.
"- Senta-te na beira da cama..."
Colocou-lhe a venda nos olhos, deu um nó suave e beijou-a na boca devagar.
"- Não era o teu presente todo..esse conjunto que te faz ainda mais deusa do que já és para mim..."
Ligia ouviu os passos dele até à porta e depois um silêncio cortado por algo que juraria ser um sussurro mas que não conseguiu identificar de imediato. Pressentiu a presença de mais alguém no quarto quando de repente sentiu nos joelhos um toque delicado. Uns dedos suaves que subiram lentamente pelas pernas. Não eram os dedos dele. Dir-se-iam de mulher. Disso tinha quase a certeza. Ouviu a voz dele que vinha do canto da divisão...do sofá, juraria...
"- Não te inquietes. Eu estou aqui... É ela a tua prenda de aniversário"
Um pouco assustada mas completamente rendida à suavidade que aqueles dedos transmitiam ao seu corpo deixou-se acariciar...As mãos subiam das pernas para a barriga e depois para o peito que começou a arfar discretamente.
Sentiu uns lábios frescos no pescoço e que desciam agora para o peito que era desnudado pelas mãos ao mesmo tempo. Sentia-se perturbada e excitada. A língua percorreu em circulos os mamilos duros e o efeito foi electrizante para Ligia. Rendida ao desejo e ao prazer que a desconhecida lhe provocava sentia uma vontade inconfessável de arrancar a venda. Resolveu transformar essa vontade em gestos e actos de sedução, em prazer sexual...
Deitou-se na cama e sentiu um corpo de mulher a tocar o seu por inteiro. Deu-se também ela por inteiro.
Experimentou um prazer que tinha apenas imaginado um dia, proporcionou prazer a uma mulher, pela primeira vez, e sentia-se feliz por isso.
No fim de tudo, ele retirou-lhe a venda, não sem antes a beijar, como tinha feito ao inicio e Ligia pode ver o rosto da desconhecida. Era linda. Sorriram ambas.
Quando mais tarde se deitaram lado a lado, Ligia abraçou-o muito tempo e declarou-lhe que tinha adorado o presente de aniversário mas que gostaria de ter partilhado a prenda com ele. Ele fixou-a, sério, e perguntou:
"- Será que tu existes, de verdade...?
Ela atirou-lhe uma almofada à cabeça:
"- Existo porque tu existes em mim..."
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